Advogados barram aumento salarial de prefeitos e vereadores em quatro municípios de MT
Prefeituras e câmaras municipais que tentaram aprovar aumentos salariais para prefeitos e vereadores no fim de 2024 enfrentaram a resistência de ações populares movidas pelos advogados Yann Dieggo Souza Timótheo de Almeida e Warllans Wagner Xavier Souza.
Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), os juristas já conseguiram impedir os reajustes em Colíder, Porto Alegre do Norte, Glória D’Oeste e Rio Branco, por meio de liminares.
As ações, ajuizadas em 24 municípios de Mato Grosso, visam combater o aumento ilegal dos subsídios dos agentes políticos, tanto do Executivo quanto do Legislativo.
Segundo Yann Dieggo Souza, procurador em Campinápolis (513 km de Cuiabá), os reajustes desrespeitam a LRF, que proíbe aumentos salariais nos últimos 180 dias de mandato.
“Estamos fazendo contra todos os municípios que realizaram o aumento dentro do período vedado pela LRF”, declarou o advogado.
A situação gerou repercussão em Rondonópolis (212 km de Cuiabá), onde os vereadores derrubaram, por unanimidade, o veto do ex-prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) ao projeto que previa aumento salarial para o prefeito, vice e vereadores a partir de 2025.
Com a decisão, o salário do prefeito saltou de R$ 20 mil para R$ 35.900; o do vice-prefeito, de R$ 10 mil para R$ 17.950.
Já os 21 vereadores passarão a receber R$ 16.500 em janeiro e R$ 17.330 em fevereiro, com reajustes vinculados aos salários dos deputados estaduais.
Além da LRF, leis eleitorais também limitam reajustes salariais em anos eleitorais, como foi o caso de 2024. As cidades que foram alvo das ações incluem:
Alto Taquari
Araguaiana
Arenápolis
Barra do Garças
Canabrava do Norte
Canarana
Colíder
Glória D’Oeste
Nova Guarita
Novo São Joaquim
Poconé
Pontal do Araguaia
Porto Alegre do Norte
Primavera do Leste
Ribeirão Cascalheira
Rio Branco
Rondolândia
Rondonópolis
Santo Antônio do Leste
Santa Cruz do Xingu
Sorriso
Tangará da Serra
Torixoréu
O mérito das liminares ainda será julgado, mas os advogados prometem ampliar as ações contra municípios que descumpriram as restrições legais.
Fonte:www.folhadoestado.com.br
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