Avaliação positiva do governo recua e atinge 35%, a negativa é de 32%, aponta CNT/MDA
Pesquisa indica que 50% aprovam a gestão de Lula, enquanto 46% desaprovam; inflação e alta dos juros são as principais queixas
Na mesma direção, na medição dicotômica, a aprovação pessoal do presidente Lula recuou 1 ponto (de 50,7% para 49,7%), enquanto a desaprovação subiu 2 pontos (de 43,7% para 45,7%) entre maio e novembro. Outros 4,6% não se posicionaram.
As oscilações registradas merecem crédito, independente de estarem teoricamente situadas na margem de erro da pesquisa, uma vez observados outros aspectos que se relacionam com essa leitura. Por exemplo, 35% dos entrevistados avaliam que a economia está pior em 2024 em comparação a 2023, enquanto apenas 28% acreditam que houve uma melhora.
Outro indicador mostra que os eleitores estão enxergando cada vez menos diferenças entre os governos Lula e Bolsonaro. Em janeiro deste ano, 48% consideravam o governo Lula melhor que o de Jair Bolsonaro, enquanto 29% tinham a opinião contrária. Hoje, essa diferença diminuiu para 41% contra 36%.
Essa tendência tem implicações significativas. Em primeiro, ela indica erosão no apoio que Lula tinha ao assumir o mandato, com uma parcela crescente do eleitorado vendo poucas diferenças entre seu governo e o de Bolsonaro. Em segundo, isso expõe fragilidades para o governo e cria oportunidades para a oposição. Para conter essa perda, Lula provavelmente precisará reforçar sua identidade e reafirmar seus diferenciais, tanto para manter o apoio de sua base quanto para reconquistar eleitores críticos.
Fonte: www.jota.info / Daniel Marcelino
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