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Mais de 3 mil pessoas moram nas ruas de Mato Grosso

Em 12 anos, população em situação de rua no estado de Mato Grosso aumentou em mais de 2.700%. É o que indica levantamento mais recente divulgado pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/ POLOS-UFMG). Conforme o estudo, em 2013 no Estado, 125 pessoas estavam em situação de rua, número que saltou para 3.603 em dezembro de 2024. Quarenta e três por cento destas pessoas estão pelas ruas de Cuiabá. A capital mato-grossense saiu de 62 moradores de rua em 2013 para 1.561 em 2024. Apesar do crescimento expressivo, o número pode ser ainda maior, já que não há um cadastro consolidado.

 

O levantamento foi feito com base nos dados do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que reúne os beneficiários de políticas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e serve como indicativo das populações em vulnerabilidade para quantificar os repasses do governo federal aos municípios. No país, o número de pessoas vivendo em situação de rua em todo o Brasil aumentou aproximadamente 25%. Se em dezembro de 2023 havia 261.653 pessoas nesta situação, esse número chegou a 327.925 no final do ano passado.

 

De acordo com o coordenador do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, André Luiz Freitas Dias, o aumento desta população pode ser explicado pelo fortalecimento do CadÚnico como principal registro desta situação e de acesso às políticas públicas sociais do país e também pela ausência ou insuficiência de políticas públicas estruturantes voltadas para essa população, tais como moradia, trabalho e educação.

 

Estudiosos explicam que o público em situação de rua é composto pelas pessoas que vivem e fazem da rua o seu local de moradia, de sobrevivência e de onde tiram todo e qualquer modo de vida que eles não têm condições de desenvolver em outros lugares. Elas tomam aquele espaço como seu, um espaço público torna-se privado. Elas desenvolvem ali uma dinâmica social diferente do padrão, a estratégia de dignidade humana é bem precarizada, não têm onde se higienizar ou onde beber água, questões problemáticas para além da própria situação de rua.

 

Outro lado  

As Secretarias de Assistência Social do Estado e o município de Cuiabá foram procurados para se manifestarem sobre o assunto, mas não houve posicionamento.

Fonte: www.gazetadigital.com.br

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