MT e outros 2 estados respondem por 56% da queimada no país
Mato Grosso responde por um quarto da área queimada em todo o país, que teve 27,6 milhões de hectares destruídos pelo fogo, entre janeiro e outubro deste ano.
São 6,7 milhões de hectares consumidos no Estado, que vem seguido pelo Pará e Tocantins, com 6,1 milhões e 2,7 milhões de hectares, respectivamente.
Juntos, esses três estados totalizaram 56% da área queimada no período.
Os dados, do Monitor do Fogo do MapBiomas, apontam que este foi o pior ano da série histórica, que teve início em 2019.
Segundo o monitoramento, o Brasil queimou um Tocantins inteiro no mesmo período deste ano. A área também é 119% maior do que o total devastado no mesmo período do ano passado.
Somente em outubro passado, o território mato-grossense teve 1.157.757 ha afetados pelas chamas.
A área só foi menor do que a verificada no Pará, com 1.513.074 ha. Em terceiro aparece Rondônia (573.668 ha); seguido do Amazonas (523.262 ha) e do Maranhão (322.769 ha).
A vegetação nativa foi o principal foco do fogo e respondeu por três em cada quatro hectares queimados (74%) nos 10 primeiros meses do ano. “Mais da metade (55%) de tudo que foi queimado no período foi na Amazônia: 15,1 milhões de hectares.
O Cerrado vem em seguida, com 9,4 milhões de hectares, sendo que 85% (ou 8 milhões de hectares) ocorreram em áreas de vegetação nativa. Trata-se de um aumento de 97% em comparação com o mesmo período de 2023”, aponta o MapBiomas.
Já no Pantanal, que abrange Mato Grosso e o vizinho Mato Grosso do Sul, a destruição aumentou 1.017%.
No bioma pantaneiro, foram 1,8 milhão de hectares consumidos ou 1,6 milhão a mais que o mesmo período do ano passado.
PASTAGEM – Com o objetivo de apresentar um panorama sobre a ocorrência de fogo em pastagens no país, as equipes do MapBiomas elaboraram uma nota técnica detalhando a relação entre o fogo e as pastagens plantadas, tanto historicamente quanto em 2024.
Entre janeiro e outubro de 2024, o monitoramento indica que Mato Grosso foi o segundo estado mais impactado, com 974.773 hectares consumidos pelo fogo, o que corresponde a 4,56% da área total de pastagem (21.355.916 ha) ou 17% do total nacional.
Em primeiro, aparece o Pará, com 2.184.972 hectares queimados (38%), enquanto o Amazonas contabilizou 842.905 hectares, representando 15% do total.
Juntos, esses três estados concentraram mais de 70% das áreas de pastagens atingidas pelas chamas no Brasil, evidenciando a predominância das queimadas na região da Amazônia Legal, conforme o MapBiomas.
Neste ano, até sexta-feira), foram contabilizados 50.009 focos de calor no território mato-grossense, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Esse número corresponde a um aumento de 146% em relação ao mesmo período de 2023.
Cáceres e Colniza aparecem entre os municípios com maiores ocorrências, com 2.820 e 2.680 focos, respectivamente.
Vale lembrar que Governo de Mato Grosso decretou prazos ampliados para o período proibitivo de uso do fogo em 2024.
Na Amazônia e Cerrado, o uso do fogo segue proibido até dia 30 deste mês e, no Pantanal, até 31 de dezembro.
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