Mais de 570 pessoas estão na fila de espera para adotar em MT
tualmente, 5.189 crianças e adolescentes estão à espera de um novo lar no Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Enquanto isso, há mais de 33.700 pessoas na fila para adotar, um número quase 7 vezes maior que o total de crianças disponíveis.
Em Mato Grosso, 69 crianças e adolescentes aguardam por adoção. A maioria, de 65%, é do sexo masculino, 35% do sexo feminino, sendo predominante o grupo racial pardo e negro. Os perfis mais disponíveis são de adolescentes entre 12 e 14 anos, seguidos pelos maiores de 16 anos, segundo dados do SNA.
No entanto, o grande desafio está no desencontro entre o perfil das crianças disponíveis, e as exigências de quem deseja adotar, que ao todo são 576 pessoas na fila em MT. A maioria dos pretendentes prefere crianças brancas, com idades entre 2 e 4 anos, sem doenças ou deficiências.
Para a conselheira tutelar, Alessandra Duarte, o que torna ainda mais difícil o processo de adoção é a preferência dos adotantes por crianças com idades iniciais. “A preferência de quem escolhe, em sua grande maioria, por uma criança pequena torna o processo mais demorado, pois a disponibilidade nessa faixa etária é bem menor”.
Além das questões de preferência, a adoção também envolve obstáculos burocráticos. O processo pode levar cerca de um ano, caso o perfil do adotante esteja de acordo com as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em situações mais complexas, com entraves legais ou emocionais, o processo pode se estender por até três anos e meio, segundo o portal Jusbrasil.
Alessandra vê na adoção uma forma de poder melhorar o ciclo do abandono e da vulnerabilidade social, onde essa criança poderia se encontrar se não for acolhida por uma nova família.
“A adoção é uma forma de diminuir o abandono das crianças no Brasil, além de dar um novo lar para as crianças que sofrem maus tratos pelos genitores e não possuem outros familiares para assumir a guarda” completou a conselheira.
Apesar das dificuldades, especialistas e famílias adotantes reforçam que a adoção é um ato de amor profundo, que exige preparação emocional, responsabilidade e comprometimento, tanto da família que acolhe quanto da criança que será acolhida.
Fonte: www.gazetadigital.com.br
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