Em meio à alta dos alimentos, Casa Civil nega possível plano de aumentar Bolsa Família
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A Casa Civil da Presidência da República negou nesta sexta-feira (7) haver discussões no governo federal a respeito de aumento no Bolsa Família, pago a famílias de baixa renda. Em nota, a pasta chefiada por Rui Costa afirmou que o suposto reajuste “não está na pauta nem será discutido” (leia a nota completa abaixo). A hipótese chegou a ser cogitada por integrantes do governo como alternativa à alta dos alimentos, que preocupa o Executivo.
“A Casa Civil da Presidência da República informa que não existe estudo no governo sobre aumento do valor do benefício do Bolsa Família. Esse tema não está na pauta do governo e não será discutido”, escreveu a Casa Civil.
Em janeiro, o Bolsa Família beneficiou R$ 20,48 milhões de famílias, com investimento federal de R$ 13,8 bilhões. O programa é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O valor mínimo do benefício é de R$ 600, que pode subir com os adicionais dados pelo governo.
Desde que renomeou o programa, no início de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva implementou três complementos: seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses; R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos; e R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. Na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o projeto foi batizado de Auxílio Brasil.
Alta dos alimentos
O custo da comida tem preocupado o petista, mas, por enquanto, o governo federal não apresentou nenhuma medida para conter a alta — embora o Executivo estude algumas iniciativas para frear o aumento, como a redução da alíquota de importação de alguns itens.
O grupo de alimentação e bebidas respondeu por um terço da alta da inflação de 2024, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os preços dos alimentos subiram 7,69%, enquanto a inflação cresceu 4,83%. O aumento da carne chegou a 20,84%, a maior alta desde 2019.
Soma-se ao contexto o excesso de chuva em algumas das regiões produtoras no início do ano, o que afeta a oferta de hortifrútis, e o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, além do reajuste do diesel. Esses fatores pressionam a inflação.
As previsões do mercado financeiro para o fechamento do IPCA em 2025 estão em alta há 16 semanas, alcançando 5,51%, segundo o último boletim Focus, divulgado na segunda-feira (3) pelo BC (Banco Central). Antes dessa sequência de revisões para cima, que começaram em outubro, a previsão estava abaixo de 4%.
Fonte: noticias.r7.com
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