Mauro Mendes critica STF e reafirma a defesa de golpistas de 8/1
O governador Mauro Mendes (União) negou que esteja se aproximando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por conta de seu projeto visando uma vaga no Senado em 2026.
Ele afirmou que a sua participação em atos liderados pelo ex-mandatário se deve à indignação com as penas impostas pelo STF às pessoas que participaram dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
“Eu me sinto indignado com essa injustiça que muitos brasileiros estão sofrendo por ter feito algo errado. Mais uma vez, eu digo isso: fizeram algo errado, precisavam ser penalizados, mas não desse tamanho. Eu estou unido a esse movimento para dar a esses brasileiros tratamento justo”, disse.
Mauro Mendes marcou presença nas duas manifestações promovidas por Bolsonaro, nos últimos 30 dias.
A primeira ocorreu no dia 16 de março, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e a outra, no último final de semana, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Nos bastidores, a aproximação do governador ao grupo bolsonarista é vista como estratégia para o fortalecimento de seu projeto político para o próximo ano.
O governador é cotado para a disputa por uma das duas vagas no Senado por Mato Grossol.
Ele, contudo, assegurou que não está pensando nisso e que a sua participação se dá apenas por não concordar com as penas aplicadas às pessoas que participaram do ato de 8 de janeiro de 2023.
“Eu sempre deixei muito claro a minha posição. Quem foi lá, no 8 de janeiro e invadiu o Congresso, invadiuo Palácio do Planalto, invadiu o Supremo e fez aquele vandalismo…, Essas pessoas agiram erradamente e precisavam ser penalizadas. Eu nunca concordei com ninguém que invada propriedades públicas ou privadas. O que eu sempre discordei foi o tamanho da pena. Não é razoável, e eu nunca vi isso no Brasil:alguém ser condenado a 17 anos por conta disso. Já comparei, muitas vezes, com outros crimes que tem condenações muito menores”, completou.
AFINIDADE – O governador Mauro Mendes voltou a dar uma denonstração de afinidade política com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao participar, pela segunda vez, de um ato em defesa de réus, condenados e presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O mato-grossense, que se diz de centro-direita, manifestou seu alinhamento com colegas de diferentes espectros políticos, em apoio ao ex-presidente, declarado réu pela Suprema Corte por tentativa de golpe de Estado.
No domingo (6), Mauro Mendes e outros seis governadores participaram de um ato na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, convocado pelo ex-presidente.
A manifestação pediu a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, considerado o maior ataque às instituições da República, desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.
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